top of page

"A presença cega incendeia - no corpo elástico do boneco possibilidades sobre-humanas. Mundo aquoso, mundo toque, mundo impulso, mundo sensação. E muda mundo o tempo todo - surpresa, esse estado de graça. E somos pedaços, pedaços apenas e muito, porque é muito ser pouco. Onde colocar a cabeça? Na barriga, no ombro, na mão? A cabeça-corpo pensa e faz ao mesmo tempo. E manipulador quer se fundir boneco, mas é preciso ser generoso, é preciso ser calmo, é preciso ser preciso - e corajoso. Corpo, deixa ser tocado por essa natureza morta tão viva. Deixa ela te emprestar esse ser tão frágil, forte, caótico, múltiplo, flexível. Esse nada tudo, que se entrega todo cheio de imprevisível. Dancemos um passo de cada vez, criemos contatos e espaços. Como uma nuvem ao vento, fazendo e desfazendo conceitos. Como num sonho repleto de imagens, mas concreto e macio. Macio, suave, permeável. Morte-vida-morte-vida... O sábio destruir para reconstruir, renovar, renascer. Sim-não-sim... Vamos aprender juntos? Obrigada, obrigada. Como aranhas alonguemos as percepções, quebremos o usual, subamos pelas paredes, criando redes, mas soltos, soltos..." - Mariana Fausto, atriz d'O Braile, uma dança às cegas

"...a procura de uma conexão real entre gente e boneco seja verdadeira e que as emoções florecam ali, no momento real, no here and now!

E deixem que o boneco se expresse por si só. Às vezes é o boneco que nos lidera e não a gente liderando ele. Pensem nisso." - Duda Paiva, coreógrafo d'O Braile, uma dança às cegas

"Não sei, não tenho palavras pra descrever exatamente uma evolução artística ou um novo posicionamento no mundo. Mas é isso que carrego dessa experiência. É crise, é caos, mas dos bons. Crise que leva pra frente, crise que te faz andar e que no fim te põe em outro lugar. (...) É se jogar no precipício sabendo que é possível (e melhor) voar do que desistir na corrida e ficar no meio do caminho. 
 

É caos-potência! É o caos-criador, caos humano, é o ser humano, o ser. O boneco, que no início era estranho, desengonçado, se tornou lindo, potente e presente. E que presente!!" - Miguel Araujo, ator d'O Braile, uma dança às cegas

"Na verdade foi esta paixão e energia que vocês colocam em sua arte, que me encantou e apaixonou incondicionalmente. A vontade de participar disto foi fulminante e incontrolável!" - Lilian Bertin, produtora da Cia PeQuod

"...quero aqui fazer um sincero agradecimento a todos que se envolveram ou foram envolvidos pelo O Braile.

 

Quero agradecer ao Duda, pela disponibilidade, paciência, envolvimento e generosidade nos dias em que estivemos juntos. Ministrando a Oficina, conheci um outro Duda, o professor, o mestre. Rigoroso mas extremamente carinhoso com todos. E durante nosso intercâmbio encontrei um artista revendo constantemente suas questões e dividindo-as conosco, de peito aberto. (...) Enfim, todos nós estávamos em lugares diferentes, enfrentando novos desafios..." - Miguel Vellinho, diretor da Cia PeQuod

bottom of page